sábado, 8 de junho de 2013

O Período Câmbrico (541-485 M.A. aprox.)

Durante o Câmbrico, A Terra fora constituído por 4 continentes, 3 deles situados na região dentro dos trópicos, designados Laurentia, Báltica e Sibéria, e o supercontinente Gondwana, situado a sul dos 3 continentes, enquanto que o hemisfério norte fora unicamente composto pelo super-oceano Panthalassa.


Fig 5.1 Representação Terra no Câmbrico

O clima actual neste Período era mais quente, cerca de 7 ºC acima do nível actual, e, sem evidências que prove o contrário, não houve períodos de glaciação.

Um dos acontecimentos mais importantes desde período e, provavelmente da Era Paleozóica também, fora a Explosão Câmbrica, cujo o nome deve-se à enorme diversificação de vida num relativamente curto espaço de tempo. É de referir, dentro das espécies que apareceram a partir deste fenómeno, os arqueociatos, surgindo no Câmbrico Inferior e extinguiram-se no Câmbrico Médio, e os graptólitos dentróides, que surgiram no Câmbrico Superior e só extinguiram-se no Carbonífero Inferior.

 Vídeo "Explosão Câmbrica" <http://www.youtube.com/watch?v=XzhpKjd_c9g>


O maior registo de fósseis de fauna ocorreu entre o Tomotiano e o Atdabaniano, estágios do Câmbrico Superior com um intervalo de tempo de aproximadamente 5 milhões de anos. Este período de tempo, considerado curto em termos de padrões geológicos, foi um dos factores que causou especulações sobre a Explosão Câmbrica, sendo este o mais utilizado por opositores da teoria da evolução para as suas críticas.

Entre os animais encontrados no mundo estão anelídeos, artrópodes, equinódermes,  braquiópodes, onicóforos, esponjas, moluscos monoplacófiros e priapulídeos. Dentro dos artrópodes, destacam-se mais as trilobites, cuja vasta variedade desta espécie animal fez com que o Câmbrico também fosse conhecido como “A Idade das Trilobites”.

Fig 5.2 Trilobite (Fóssil)


Um conjunto de fósseis que caracterizou o início do Câmbrico foi a fauna Tomotiana, ou small shelly fauna em ingles, o sucessor da fauna vendiana, proveniente do final do Proterozóico, que antecedeu à Explosão Câmbrica. Caracterizando esta fauna, estão os Archaeocyatha e braquiópodes de classe Lingulata. Estas espécies forneceram informação acerca da próximidade dos continentes durante o Período Câmbrico, rodeados por um super-oceano (Panthalassa).

Fig 5.3 Archaeocyatha (Fóssil)


Quanto à flora, para além de plantas marinhas de nível macroscópico, não houve plantas terrestre durante esta altura,  no entanto, houve a possível existência de fungos, algas e alguns líquens que predominavam nas zonas mais húmidas.

No final do Período Câmbrico, cerca de 500 M.A., ocorreu a primeira extinção em massa na história da Terra. As causas para tal acontecimento ainda são desconhecidas, no entanto, foi sugerido que a queda abrupta da temperatura global fora um dos responsáveis, uma vez que no período seguinte, o Ordovícico, registou-se a primeira era de glaciação do Fanerozóico;
Por outro lado, também foi considerado a diminuição dos níveis de oxigénio nos mares, uma consequência provavelmente vindo de mudanças climáticas.

Todavia, estes eventos provocaram a extinção de cerca de 75% de espécies de trilobites, 50% de espécies de esponjas e grande percentagem de graptólitos, braquiópodes e gastrópodes.
Fig 5.4 Aspidograptus (Graptólito)


Também foi marcado o fim de uma espécie dominante, os dinocáridos, que permitiu o desenvolvimento de moluscos e artrópodes, que, por sua vez, ocupariam o nicho ecológico nos próximos períodos geológicos, assim como os cordados, nos quais só ascenderiam na cadeia alimentar a partir do Devónico.


Fig 5.5 Anomalocaris (Classe Dinocarida)




Referências bibliográficas:

Terra Planeta "Vivo", História da Geologia, Página consultada a 8 de Junho de 2013.
Tempo em Geologia, A dimensão do tempo em Geologia , Página consultada a 8 de Junho de 2013.

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